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O Refúgio

Diretor
Sean Durkin
Elenco
Jude Law, Carrie Coon, Charlie Shotwell, Oona Roche
Ano
2020
País
Reino Unido

Drama Prime Video ml-relacoes ml-familia ml-casal ml-hc

O Refúgio

Talvez o primeiro passo para que uma relação seja bem sucedida, independente do tipo ou do propósito, sem a menor dúvida, diz respeito ao alinhamento de expectativas. Definitivamente, para os personagens de "O Refúgio" isso está longe de acontecer. Eu diria que a história que o ótimo diretor Sean Durkin conta, é tão impactante e visceral quanto a de "História de um Casamento" - embora o objeto do conflito, dessa vez, não seja um filho e sim o dinheiro (e a forma como ele é encarado).

Roy (Jude Law) é um empreendedor carismático e ambicioso que escolhe se mudar para Inglaterra com sua família, para aproveitar as oportunidades da Londres dos anos 80. Alisson (Carrie Coon), esposa de Roy, tem enormes dificuldades para se adaptar ao novo estilo de vida e vê os sonhos e as promessas do marido não se concretizarem, mais uma vez. O filme mostra o cotidiano do casal que precisa enfrentar as duras e indesejáveis verdades da vida, além da tentativa de encontrar uma forma de se conectar novamente - entre eles e com os filhos Bem (Charlie Shotwell) e Sam (Oona Roche). Confira o trailer (em inglês):

Já que o assunto é sobre "alinhar as expectativas", eu já antecipo: esse é mais um drama de relação denso e com uma narrativa bastante cadenciada onde o principal objetivo não é encontrar um fim e sim servir como "meio" para as provocações e reflexões que a história vai nos propondo durante os 100 minutos de filme. Veja,  "O Refúgio" não se propõe a mostrar a transformação, mas quais são os gatilhos que podem nos levar até ela - e aqui é preciso deixar claro que esses gatilhos são dos mais dolorosos para quem se identifica com alguma passagem da trama.

Jude Law mais uma vez foi capaz de captar a essência daquela linha tênue entre a simpatia carismática cheia de energia com a insegurança e fragilidade de um homem que esperava mais (e mais) das suas conquistas - Law traz muito de Dan de "Closer" para o personagem. Já Carrie Coon é a personificação da angústia, da decepção, da falta de admiração pelo companheiro - ela é tão intensa que nos colocamos no seu lugar e passamos a enxergar seu marido com outros (não tão bons) olhos. Por se tratar de um "filme de relações", "O Refúgio" se  movimenta muito mais pelos sentimentos dos personagens do que pela força da história.

Esse filme é um retrato absurdamente real de como uma vida de altos e baixos pode contaminar até os relacionamentos mais estáveis. Se Roy e Ali já demonstravam sinais de fragilidade antes mesmo da bomba estourar, certamente a relação familiar na presença dos filhos, não. E nesse ponto Durkin, que também assina o roteiro, soube valorizar (mesmo sem tempo de se aprofundar) como um relacionamento pesado pode impactar na vida das crianças - é para refletir!

Se você gosta de discutir as relações humanas, com personagens cheio de camadas, dê o play sem medo! Vale a pena!

Assista Agora

Talvez o primeiro passo para que uma relação seja bem sucedida, independente do tipo ou do propósito, sem a menor dúvida, diz respeito ao alinhamento de expectativas. Definitivamente, para os personagens de "O Refúgio" isso está longe de acontecer. Eu diria que a história que o ótimo diretor Sean Durkin conta, é tão impactante e visceral quanto a de "História de um Casamento" - embora o objeto do conflito, dessa vez, não seja um filho e sim o dinheiro (e a forma como ele é encarado).

Roy (Jude Law) é um empreendedor carismático e ambicioso que escolhe se mudar para Inglaterra com sua família, para aproveitar as oportunidades da Londres dos anos 80. Alisson (Carrie Coon), esposa de Roy, tem enormes dificuldades para se adaptar ao novo estilo de vida e vê os sonhos e as promessas do marido não se concretizarem, mais uma vez. O filme mostra o cotidiano do casal que precisa enfrentar as duras e indesejáveis verdades da vida, além da tentativa de encontrar uma forma de se conectar novamente - entre eles e com os filhos Bem (Charlie Shotwell) e Sam (Oona Roche). Confira o trailer (em inglês):

Já que o assunto é sobre "alinhar as expectativas", eu já antecipo: esse é mais um drama de relação denso e com uma narrativa bastante cadenciada onde o principal objetivo não é encontrar um fim e sim servir como "meio" para as provocações e reflexões que a história vai nos propondo durante os 100 minutos de filme. Veja,  "O Refúgio" não se propõe a mostrar a transformação, mas quais são os gatilhos que podem nos levar até ela - e aqui é preciso deixar claro que esses gatilhos são dos mais dolorosos para quem se identifica com alguma passagem da trama.

Jude Law mais uma vez foi capaz de captar a essência daquela linha tênue entre a simpatia carismática cheia de energia com a insegurança e fragilidade de um homem que esperava mais (e mais) das suas conquistas - Law traz muito de Dan de "Closer" para o personagem. Já Carrie Coon é a personificação da angústia, da decepção, da falta de admiração pelo companheiro - ela é tão intensa que nos colocamos no seu lugar e passamos a enxergar seu marido com outros (não tão bons) olhos. Por se tratar de um "filme de relações", "O Refúgio" se  movimenta muito mais pelos sentimentos dos personagens do que pela força da história.

Esse filme é um retrato absurdamente real de como uma vida de altos e baixos pode contaminar até os relacionamentos mais estáveis. Se Roy e Ali já demonstravam sinais de fragilidade antes mesmo da bomba estourar, certamente a relação familiar na presença dos filhos, não. E nesse ponto Durkin, que também assina o roteiro, soube valorizar (mesmo sem tempo de se aprofundar) como um relacionamento pesado pode impactar na vida das crianças - é para refletir!

Se você gosta de discutir as relações humanas, com personagens cheio de camadas, dê o play sem medo! Vale a pena!

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