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Locke

Diretor
Steven Knight
Elenco
Tom Hardy, Olivia Colman, Ruth Wilson
Ano
2013
País
Reino Unido

Drama ml-psicologico ml-real ml-investigação ml-crime Youtube

Locke

Se você gosta daquele estilo de filme onde um único personagem comanda a narrativa normalmente contracenando com um telefone ou uma tela de computador como "A Hora do Desespero", de "Culpa" e até de "Buscando...", "Locke" é para você! O filme dirigido pelo Steven Knight (de "Calmaria"), funciona basicamente como um thriller psicológico dos mais inteligentes, levando a audiência em uma viagem angustiante, emocionalmente densa e profundamente cativante - eu diria que é um olhar profundo sobre temas como responsabilidade, ética e consequências, uma verdadeira reflexão sobre as escolhas que fazemos e como elas moldam nossas vidas.

A trama se desenrola em tempo real, enquanto acompanhamos Ivan Locke (Tom Hardy), um dedicado e respeitado engenheiro durante uma viagem de carro para Londres, um dia antes de encarar o maior desafio de sua carreira, pela qual lutou arduamente. Quando Locke recebe um telefonema ameaçando a segurança de sua família, ele tem 90 minutos e um "viva-voz" para  enfrentar vários desafios pessoais e profissionais que colocam, inclusive, sua vida em xeque. Confira o trailer (em inglês):

O roteiro escrito pelo próprio Knight é a prova de que uma boa história não exige grandes investimentos. O texto é afiado e inteligente, capaz de explorar as camadas emocionais do protagonista de uma forma sutil e eficaz. Através das conversas telefônicas de Locke com sua esposa, filhos, colegas de trabalho, somos expostos a diferentes facetas de sua vida e da sua personalidade. A estrutura narrativa que usa das vozes dos outros personagens sem mostrá-los fisicamente contribui para a sensação de isolamento e intensifica a atmosfera de tensão pela qual o personagem está passando.

Inclusive, Tom Hardy entrega uma performance emocionalmente poderosa como Locke. Sua habilidade de transmitir as complexidades do personagem, mesmo sem a presença física de outros atores, é notável. Através de sua voz e das suas expressões faciais, Hardy transmite um range considerável de emoções - reparem como a confiança e determinação inicial se transforma em uma crescente ansiedade e vulnerabilidade à medida que os desafios se intensificam. Não foi por acaso que "Locke" ganhou o prêmio de melhor roteiro no British Independent Film Awards em 2013.

A direção de Steven Knight também é muito competente ao criar uma verdadeira experiência imersiva, mesmo com recursos limitados. A escolha de manter a ação dentro do carro e usar a iluminação noturna das estradas para criar uma atmosfera claustrofóbica é muito eficaz. A trilha sonora e o desenho de som também contribuem para a construção desse clima tenso, no entanto, para alguns, essa abordagem altamente conceitual pode parecer maçante. A falta de ação física e a ênfase quase exclusiva nas conversas por telefone podem desapontar aqueles que buscam um ritmo mais acelerado.

"Locke" é um filme com uma pegada independente, autoral e bastante criativo (valores que a A24 carrega em sua produções, diga-se de passagem) - só por isso já mereceria o seu play, mas além de tudo sua história é concisa, e mesmo sem se preocupar em entregar todas as respostas, nos proporciona uma ótima jornada de entretenimento.  

Assista Agora

Se você gosta daquele estilo de filme onde um único personagem comanda a narrativa normalmente contracenando com um telefone ou uma tela de computador como "A Hora do Desespero", de "Culpa" e até de "Buscando...", "Locke" é para você! O filme dirigido pelo Steven Knight (de "Calmaria"), funciona basicamente como um thriller psicológico dos mais inteligentes, levando a audiência em uma viagem angustiante, emocionalmente densa e profundamente cativante - eu diria que é um olhar profundo sobre temas como responsabilidade, ética e consequências, uma verdadeira reflexão sobre as escolhas que fazemos e como elas moldam nossas vidas.

A trama se desenrola em tempo real, enquanto acompanhamos Ivan Locke (Tom Hardy), um dedicado e respeitado engenheiro durante uma viagem de carro para Londres, um dia antes de encarar o maior desafio de sua carreira, pela qual lutou arduamente. Quando Locke recebe um telefonema ameaçando a segurança de sua família, ele tem 90 minutos e um "viva-voz" para  enfrentar vários desafios pessoais e profissionais que colocam, inclusive, sua vida em xeque. Confira o trailer (em inglês):

O roteiro escrito pelo próprio Knight é a prova de que uma boa história não exige grandes investimentos. O texto é afiado e inteligente, capaz de explorar as camadas emocionais do protagonista de uma forma sutil e eficaz. Através das conversas telefônicas de Locke com sua esposa, filhos, colegas de trabalho, somos expostos a diferentes facetas de sua vida e da sua personalidade. A estrutura narrativa que usa das vozes dos outros personagens sem mostrá-los fisicamente contribui para a sensação de isolamento e intensifica a atmosfera de tensão pela qual o personagem está passando.

Inclusive, Tom Hardy entrega uma performance emocionalmente poderosa como Locke. Sua habilidade de transmitir as complexidades do personagem, mesmo sem a presença física de outros atores, é notável. Através de sua voz e das suas expressões faciais, Hardy transmite um range considerável de emoções - reparem como a confiança e determinação inicial se transforma em uma crescente ansiedade e vulnerabilidade à medida que os desafios se intensificam. Não foi por acaso que "Locke" ganhou o prêmio de melhor roteiro no British Independent Film Awards em 2013.

A direção de Steven Knight também é muito competente ao criar uma verdadeira experiência imersiva, mesmo com recursos limitados. A escolha de manter a ação dentro do carro e usar a iluminação noturna das estradas para criar uma atmosfera claustrofóbica é muito eficaz. A trilha sonora e o desenho de som também contribuem para a construção desse clima tenso, no entanto, para alguns, essa abordagem altamente conceitual pode parecer maçante. A falta de ação física e a ênfase quase exclusiva nas conversas por telefone podem desapontar aqueles que buscam um ritmo mais acelerado.

"Locke" é um filme com uma pegada independente, autoral e bastante criativo (valores que a A24 carrega em sua produções, diga-se de passagem) - só por isso já mereceria o seu play, mas além de tudo sua história é concisa, e mesmo sem se preocupar em entregar todas as respostas, nos proporciona uma ótima jornada de entretenimento.  

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