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Crescendo Juntas

Diretor
Kelly Fremon Craig
Elenco
Abby Ryder Fortson, Rachel McAdams, Kathy Bates
Ano
2023
País
EUA

Drama Max ml-relacoes ml-jovem ml-livro ml-colegial

Crescendo Juntas

Sabe aquele tipo de filme que você assiste com um leve sorriso no rosto? Pois é, "Crescendo Juntas" talvez seja a melhor definição de filme "que te abraça" - principalmente se você tiver uma filha menina (meu caso). Essa é o tipo de adaptação cinematográfica que não pode passar despercebida, "Are You There God? It's Me, Margaret" (no original) transcende as barreiras do drama trazendo uma leveza impressionante para discutir assuntos, digamos, cotidianos da vida de uma pré-adolescente, oferecendo assim uma experiência cativante, envolvente e muito reflexiva. Aliás, pela resposta do público e da crítica, o filme faz jus ao sucesso da obra de Judy Blume - o que já não seria uma tarefa fácil.

Margaret (Abby Ryder Fortson), de 11 anos, muda-se para uma nova cidade e começa a contemplar tudo que a vida, a amizade e a adolescência têm para oferecer - é um período de descobertas, mas também de muita insegurança. Ela conta com a mãe, católica, Bárbara (Rachel McAdams), que oferece um apoio amoroso, e com a avó, judia, Sylvia (Kathy Bates), que está tentando encontrar a felicidade mesmo longe da neta. Questões de identidade, do lugar de cada um no mundo e do que dá sentido à vida rapidamente os aproximam mais do que nunca, mas ainda existe um ponto a ser discutido: que religião seguir? Confira o trailer:

Os elementos que tornam "Crescendo Juntas" imperdível, me parece, vão além da trama, ou seja, naturalmente passa pela nossa identificação com os personagens. Semelhante a outras obras que exploraram a complexidade da adolescência, como "Lady Bird" e até "As Vantagens de Ser Invisível", aqui temos um olhar verdadeiro sobre a jornada de aceitação perante o novo - e a metáfora da mudança de cidade e da dúvida sobre qual religião pertencer se encaixam perfeitamente na bola de neve que se transforma a vida da protagonista quando ela é confrontada com os desafios que todas as meninas enfrentam nessa fase: de aprender a usar um sutiã, passando pelo entendimento das mudanças do corpo e a chegada da menstruação, até a importância ou o tabu de dar o primeiro beijo.

A direção sensível de Kelly Fremon Craig (do elogiado "Quase 18") merece aplausos, pois ela não apenas captura a essência do livro, como adiciona camadas emocionais à narrativa que nos deixam encantados - e aqui é preciso que se diga: muito dessa percepção de realidade passa pela performance impressionante de Abby Ryder Fortson. Reparem como ela explora a vulnerabilidade e autodescoberta de sua personagem de maneira autêntica, contribuindo para que as relações construídas ao longo da trama façam total sentido dentro de um contexto emocional tão caótico - olha, eu não me surpreenderia se Craig recebesse uma indicação ao Oscar. Outro detalhe que merece sua atenção: a escolha da fotografia, com seus tons suaves e nostálgicos, nos leva para um mergulho profundo na atmosfera da década de 70 - não por acaso, mérito do diretor Tim Ives, indicado duas vezes ao Emmy por "Stranger Things".  

Para finalizar, preciso reforçar que "Crescendo Juntas"  é realmente mais do que uma simples adaptação; é uma celebração da juventude, da busca pela identidade e pelo entendimento da complexidade das relações humanas. Craig inteligentemente coloca a obra da premiada Judy Blume em outro patamar, oferecendo um filme intimista que ressoa com o público de todas as idades, que aquece o coração ao mesmo tempo que provoca ótimas discussões - é um olhar honesto sobre uma fase onde tudo ganha uma dimensão muito maior do que os fatos em si, mas que por outro lado ajuda a construir autonomia e uma percepção de vida onde nem tudo é simples!

Vale muito o seu play!

Assista Agora

Sabe aquele tipo de filme que você assiste com um leve sorriso no rosto? Pois é, "Crescendo Juntas" talvez seja a melhor definição de filme "que te abraça" - principalmente se você tiver uma filha menina (meu caso). Essa é o tipo de adaptação cinematográfica que não pode passar despercebida, "Are You There God? It's Me, Margaret" (no original) transcende as barreiras do drama trazendo uma leveza impressionante para discutir assuntos, digamos, cotidianos da vida de uma pré-adolescente, oferecendo assim uma experiência cativante, envolvente e muito reflexiva. Aliás, pela resposta do público e da crítica, o filme faz jus ao sucesso da obra de Judy Blume - o que já não seria uma tarefa fácil.

Margaret (Abby Ryder Fortson), de 11 anos, muda-se para uma nova cidade e começa a contemplar tudo que a vida, a amizade e a adolescência têm para oferecer - é um período de descobertas, mas também de muita insegurança. Ela conta com a mãe, católica, Bárbara (Rachel McAdams), que oferece um apoio amoroso, e com a avó, judia, Sylvia (Kathy Bates), que está tentando encontrar a felicidade mesmo longe da neta. Questões de identidade, do lugar de cada um no mundo e do que dá sentido à vida rapidamente os aproximam mais do que nunca, mas ainda existe um ponto a ser discutido: que religião seguir? Confira o trailer:

Os elementos que tornam "Crescendo Juntas" imperdível, me parece, vão além da trama, ou seja, naturalmente passa pela nossa identificação com os personagens. Semelhante a outras obras que exploraram a complexidade da adolescência, como "Lady Bird" e até "As Vantagens de Ser Invisível", aqui temos um olhar verdadeiro sobre a jornada de aceitação perante o novo - e a metáfora da mudança de cidade e da dúvida sobre qual religião pertencer se encaixam perfeitamente na bola de neve que se transforma a vida da protagonista quando ela é confrontada com os desafios que todas as meninas enfrentam nessa fase: de aprender a usar um sutiã, passando pelo entendimento das mudanças do corpo e a chegada da menstruação, até a importância ou o tabu de dar o primeiro beijo.

A direção sensível de Kelly Fremon Craig (do elogiado "Quase 18") merece aplausos, pois ela não apenas captura a essência do livro, como adiciona camadas emocionais à narrativa que nos deixam encantados - e aqui é preciso que se diga: muito dessa percepção de realidade passa pela performance impressionante de Abby Ryder Fortson. Reparem como ela explora a vulnerabilidade e autodescoberta de sua personagem de maneira autêntica, contribuindo para que as relações construídas ao longo da trama façam total sentido dentro de um contexto emocional tão caótico - olha, eu não me surpreenderia se Craig recebesse uma indicação ao Oscar. Outro detalhe que merece sua atenção: a escolha da fotografia, com seus tons suaves e nostálgicos, nos leva para um mergulho profundo na atmosfera da década de 70 - não por acaso, mérito do diretor Tim Ives, indicado duas vezes ao Emmy por "Stranger Things".  

Para finalizar, preciso reforçar que "Crescendo Juntas"  é realmente mais do que uma simples adaptação; é uma celebração da juventude, da busca pela identidade e pelo entendimento da complexidade das relações humanas. Craig inteligentemente coloca a obra da premiada Judy Blume em outro patamar, oferecendo um filme intimista que ressoa com o público de todas as idades, que aquece o coração ao mesmo tempo que provoca ótimas discussões - é um olhar honesto sobre uma fase onde tudo ganha uma dimensão muito maior do que os fatos em si, mas que por outro lado ajuda a construir autonomia e uma percepção de vida onde nem tudo é simples!

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