indika.tv - Alien: Romulus
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Alien: Romulus

Diretor
Fede Alvarez
Elenco
Cailee Spaeny, David Jonsson, Archie Renaux
Ano
2024
País
EUA

Ficção ml-relacoes ml-epico ml-catastrofe ml-tecnologia ml-familia Disney+ ml-espaco

Alien: Romulus

Enfim um ar de esperança! Não é surpresa para ninguém em como a franquia "Alien" sempre oscilou entre o horror mais claustrofóbico e a ação gratuitamente desenfreada, alternando abordagens bastante duvidosas ao longo das últimas décadas. Já "Alien: Romulus", dirigido pelo talentoso Fede Álvarez (de "O Homem nas Trevas"), busca resgatar a essência aterrorizante do projeto original de Ridley Scott ao mesmo tempo em que se esforça para modernizar sua estética e sua estrutura narrativa - e funciona uns 90%! Dito isso, é fácil afirmar que o resultado que Álvarez consegue é satisfatório até demais - eu diria que "Romulus" é um filme que se posiciona bem entre "Alien: O Oitavo Passageiro" (de 1979) e "Aliens: O Resgate" (de 1986), não só na linha do tempo, como também pela forma e pelo seu estilo. Para quem sabe do que eu estou falando, provavelmente aqueles maiores de 40 anos, esse novo capítulo da franquia oferece, de fato, uma experiência nostálgica, intensa e visceral que nos remete aos bons tempos do cinema de ficção cientifica!

A trama, basicamente, acompanha um grupo de jovens colonizadores espaciais que enxergam a oportunidade de mudar de vida ao explorar uma estação aparentemente abandonada. O problema é que o plano que parecia simples de roubar algumas câmaras de criogenia dá errado, e eles se vêem presos em um ambiente extremamente hostil, onde os xenomorfos transformam aqueles corredores escuros em um verdadeiro jogo de gato e rato. Confira o trailer (em inglês):

A grande força de "Alien: Romulus", sem dúvida, está na tensão constante e na forma como Álvarez manipula o suspense. Diferente dos últimos filmes, como Prometheus (2012) e Alien: Covenant (2017), que apostaram em tramas mais filosóficas, este novo capítulo mantém o foco no terror puro, remetendo à dinâmica de sobrevivência a qualquer custo. O roteiro equilibra bem os momentos de ação e de silêncio, permitindo que a audiência sinta o peso da ameaça a cada nova aparição dos xenomorfos - realmente é uma atmosfera angustiante. Álvarez aposta nesse DNA narrativo em cada detalhe - o design de produção, por exemplo, resgata a estética industrial e desgastada dos primeiros filmes, evitando o excesso de CGI em favor de efeitos práticos e até animatrônicos para os Aliens. A fotografia do Galo Olivares (que foi operador de câmera em "Roma") utiliza uma iluminação baixa e enquadramentos sufocantes para reforçar a sensação de confinamento, enquanto a música de Benjamin Wallfisch (de "Blade Runner 2049") mantém um equilíbrio entre o suspense crescente e a grandiosidade épica da franquia.

Aqui, a protagonista Rain Carradine (Cailee Spaeny), assume um papel de destaque, evocando o espírito de heroínas clássicas da saga, mas com uma abordagem mais humana e talvez por isso, mais realista. Diferente das protagonistas hipercompetentes que dominam o gênero, Rain se desenvolve organicamente ao longo da história, reagindo ao medo, ao desespero e a resiliência como parte da audiência diante das ameaças crescentes que encontram na tela. Spaeny conduz a história perante essa proposta com uma performance sólida, transmitindo exatamente o significado do peso da desesperança e da luta pela sobrevivência. David Jonsson, o androide Andy, cuja presença adiciona um elemento de mistério e ambiguidade moral, nos remete a personagens icônicos da franquia como o inesquecível Ash (de 1979) e Bishop (de 1986). A química entre Rain e Andy, bem como com os outros membros da tripulação, é bem construída, embora alguns personagens recebam um desenvolvimento menor, tornando-se previsíveis dentro da lógica de "vítimas em sequência".

Se há algo que pode ser criticado, talvez seja a sua previsibilidade - alguns elementos narrativos de "Alien: Romulus" se mantém fiel à estrutura mais clássica, sem grandes inovações em termos de desenvolvimento de personagens ou reviravoltas. No entanto, essa abordagem funciona dentro do contexto proposto, oferecendo um regaste aquela experiência intensa e satisfatória de um terror espacial que fez história, mas que precisava alcançar novas gerações - funcionou, tanto que em breve teremos uma nova continuação. Tecnicamente impecável e respeitando o legado da saga sem abrir mão de sua identidade como cineasta, Álvarez se posiciona como uma referência quando o assunto é experiência claustrofóbica, cheia de tensão e em uma atmosfera opressiva - seja no espaço ou na rua perto de nossa casa como em "O Homem nas Trevas".

Vale demais seu play!

Assista Agora

Enfim um ar de esperança! Não é surpresa para ninguém em como a franquia "Alien" sempre oscilou entre o horror mais claustrofóbico e a ação gratuitamente desenfreada, alternando abordagens bastante duvidosas ao longo das últimas décadas. Já "Alien: Romulus", dirigido pelo talentoso Fede Álvarez (de "O Homem nas Trevas"), busca resgatar a essência aterrorizante do projeto original de Ridley Scott ao mesmo tempo em que se esforça para modernizar sua estética e sua estrutura narrativa - e funciona uns 90%! Dito isso, é fácil afirmar que o resultado que Álvarez consegue é satisfatório até demais - eu diria que "Romulus" é um filme que se posiciona bem entre "Alien: O Oitavo Passageiro" (de 1979) e "Aliens: O Resgate" (de 1986), não só na linha do tempo, como também pela forma e pelo seu estilo. Para quem sabe do que eu estou falando, provavelmente aqueles maiores de 40 anos, esse novo capítulo da franquia oferece, de fato, uma experiência nostálgica, intensa e visceral que nos remete aos bons tempos do cinema de ficção cientifica!

A trama, basicamente, acompanha um grupo de jovens colonizadores espaciais que enxergam a oportunidade de mudar de vida ao explorar uma estação aparentemente abandonada. O problema é que o plano que parecia simples de roubar algumas câmaras de criogenia dá errado, e eles se vêem presos em um ambiente extremamente hostil, onde os xenomorfos transformam aqueles corredores escuros em um verdadeiro jogo de gato e rato. Confira o trailer (em inglês):

A grande força de "Alien: Romulus", sem dúvida, está na tensão constante e na forma como Álvarez manipula o suspense. Diferente dos últimos filmes, como Prometheus (2012) e Alien: Covenant (2017), que apostaram em tramas mais filosóficas, este novo capítulo mantém o foco no terror puro, remetendo à dinâmica de sobrevivência a qualquer custo. O roteiro equilibra bem os momentos de ação e de silêncio, permitindo que a audiência sinta o peso da ameaça a cada nova aparição dos xenomorfos - realmente é uma atmosfera angustiante. Álvarez aposta nesse DNA narrativo em cada detalhe - o design de produção, por exemplo, resgata a estética industrial e desgastada dos primeiros filmes, evitando o excesso de CGI em favor de efeitos práticos e até animatrônicos para os Aliens. A fotografia do Galo Olivares (que foi operador de câmera em "Roma") utiliza uma iluminação baixa e enquadramentos sufocantes para reforçar a sensação de confinamento, enquanto a música de Benjamin Wallfisch (de "Blade Runner 2049") mantém um equilíbrio entre o suspense crescente e a grandiosidade épica da franquia.

Aqui, a protagonista Rain Carradine (Cailee Spaeny), assume um papel de destaque, evocando o espírito de heroínas clássicas da saga, mas com uma abordagem mais humana e talvez por isso, mais realista. Diferente das protagonistas hipercompetentes que dominam o gênero, Rain se desenvolve organicamente ao longo da história, reagindo ao medo, ao desespero e a resiliência como parte da audiência diante das ameaças crescentes que encontram na tela. Spaeny conduz a história perante essa proposta com uma performance sólida, transmitindo exatamente o significado do peso da desesperança e da luta pela sobrevivência. David Jonsson, o androide Andy, cuja presença adiciona um elemento de mistério e ambiguidade moral, nos remete a personagens icônicos da franquia como o inesquecível Ash (de 1979) e Bishop (de 1986). A química entre Rain e Andy, bem como com os outros membros da tripulação, é bem construída, embora alguns personagens recebam um desenvolvimento menor, tornando-se previsíveis dentro da lógica de "vítimas em sequência".

Se há algo que pode ser criticado, talvez seja a sua previsibilidade - alguns elementos narrativos de "Alien: Romulus" se mantém fiel à estrutura mais clássica, sem grandes inovações em termos de desenvolvimento de personagens ou reviravoltas. No entanto, essa abordagem funciona dentro do contexto proposto, oferecendo um regaste aquela experiência intensa e satisfatória de um terror espacial que fez história, mas que precisava alcançar novas gerações - funcionou, tanto que em breve teremos uma nova continuação. Tecnicamente impecável e respeitando o legado da saga sem abrir mão de sua identidade como cineasta, Álvarez se posiciona como uma referência quando o assunto é experiência claustrofóbica, cheia de tensão e em uma atmosfera opressiva - seja no espaço ou na rua perto de nossa casa como em "O Homem nas Trevas".

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