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O Pintassilgo

Diretor
John Crowley
Elenco
Oakes Fegley, Ansel Elgort, Nicole Kidman
Ano
2019
País
EUA

Drama ml-relacoes ml-livro ml-familia ml-amigos Youtube

O Pintassilgo

"O Pintassilgo" chegou com a pretensão de disputar prêmios importantes em 2019/2020, porém, mesmo sendo um bom entretenimento, sua expectativa não foi nem um pouco alcançada e, para mim, o principal problema está no seu roteiro e na falta de identidade que a história carrega por mais de duas horas. filme é uma adaptação do livro homônimo escrito por uma autora americana chamada Donna Tartt que, inclusive, lhe rendeu o prêmio Pulitzer de ficção em 2014 e a Medalha Andrew Carnegie de Excelência em Ficção no mesmo ano. 

A história acompanha a jornada do personagem Theodore Decker (Oakes Fegley/Ansel Elgort), um garoto de 13 anos que perde a mãe em um ataque terrorista no Metropolitan Museum of Art de Nova Iorque. Esse acontecimento impacta para sempre a vida do jovem, porém o elo emocional estabelecido na época do atentado que sobrevive ao tempo (e não sabemos exatamente a razão, mas desconfiamos) é um quadro que estava exposto no museu, “O Pintassilgo“, e que Theodore é incentivado por um desconhecido a levar consigo antes que as autoridades chegassem ao local. Confira o trailer:

Muito mais que um drama profundo, cheio de camadas, que o trailer sugere e que o livro, provavelmente, deve entregar, essa adaptação de "O Pintassilgo" foca no reflexo que o atentado gerou na vida do protagonista e na sua busca pela paz interior através do tempo, mas de uma forma superficial e até atrapalhada. Por se tratar de uma jornada de vida, muitas histórias são desenvolvidas paralelamente, fica impossível conectá-las de uma maneira orgânica e equilibrada, mesmo com o esforço da montadora Kelley Dixon - que notavelmente conhece essa gramática de misturar presente com passado por ter trabalhado em nada mais, nada menos do que "Breaking Bad" e "Better Call Saul". 

De fato, o filme não é ruim, eu diria que é até bom, com ótimos momentos - um pouco mais dramáticos no primeiro ato, mais adolescente no segundo e quase um thriller nórdico no terceiro; mas é a falta de unidade entre esses três atos que pode incomodar um pouco se você busca um drama mais existencial e com uma narrativa mais equilibrada como "Em Pedaços", por exemplo. Tecnicamente o filme também é muito bem realizado, tendo o talentoso diretor John Crowley (vencedor do BAFTA em 2016 com "Brooklyn" e em 2007 com "Boy A") no comando e o sensacional diretor de fotografia, multi-premiado (14 vezes indicado ao Oscar e vencedor por "Blade Runner 2049" e "1917"), Roger Deakins, ao seu lado - reparem na belíssima cena em que Theodore está no balanço com seu amigo Boris (Finn Wolfhard)! No elenco Nicole Kidman e Jeffrey Wright sempre competentes, mesmo com personagens secundários e, claro, Finn Wolfhard e Oakes Fegley dão um show.

Olha, sinceramente, vale pelo entretenimento, por ótimas atuações e por um história que é boa.

Assista Agora

"O Pintassilgo" chegou com a pretensão de disputar prêmios importantes em 2019/2020, porém, mesmo sendo um bom entretenimento, sua expectativa não foi nem um pouco alcançada e, para mim, o principal problema está no seu roteiro e na falta de identidade que a história carrega por mais de duas horas. filme é uma adaptação do livro homônimo escrito por uma autora americana chamada Donna Tartt que, inclusive, lhe rendeu o prêmio Pulitzer de ficção em 2014 e a Medalha Andrew Carnegie de Excelência em Ficção no mesmo ano. 

A história acompanha a jornada do personagem Theodore Decker (Oakes Fegley/Ansel Elgort), um garoto de 13 anos que perde a mãe em um ataque terrorista no Metropolitan Museum of Art de Nova Iorque. Esse acontecimento impacta para sempre a vida do jovem, porém o elo emocional estabelecido na época do atentado que sobrevive ao tempo (e não sabemos exatamente a razão, mas desconfiamos) é um quadro que estava exposto no museu, “O Pintassilgo“, e que Theodore é incentivado por um desconhecido a levar consigo antes que as autoridades chegassem ao local. Confira o trailer:

Muito mais que um drama profundo, cheio de camadas, que o trailer sugere e que o livro, provavelmente, deve entregar, essa adaptação de "O Pintassilgo" foca no reflexo que o atentado gerou na vida do protagonista e na sua busca pela paz interior através do tempo, mas de uma forma superficial e até atrapalhada. Por se tratar de uma jornada de vida, muitas histórias são desenvolvidas paralelamente, fica impossível conectá-las de uma maneira orgânica e equilibrada, mesmo com o esforço da montadora Kelley Dixon - que notavelmente conhece essa gramática de misturar presente com passado por ter trabalhado em nada mais, nada menos do que "Breaking Bad" e "Better Call Saul". 

De fato, o filme não é ruim, eu diria que é até bom, com ótimos momentos - um pouco mais dramáticos no primeiro ato, mais adolescente no segundo e quase um thriller nórdico no terceiro; mas é a falta de unidade entre esses três atos que pode incomodar um pouco se você busca um drama mais existencial e com uma narrativa mais equilibrada como "Em Pedaços", por exemplo. Tecnicamente o filme também é muito bem realizado, tendo o talentoso diretor John Crowley (vencedor do BAFTA em 2016 com "Brooklyn" e em 2007 com "Boy A") no comando e o sensacional diretor de fotografia, multi-premiado (14 vezes indicado ao Oscar e vencedor por "Blade Runner 2049" e "1917"), Roger Deakins, ao seu lado - reparem na belíssima cena em que Theodore está no balanço com seu amigo Boris (Finn Wolfhard)! No elenco Nicole Kidman e Jeffrey Wright sempre competentes, mesmo com personagens secundários e, claro, Finn Wolfhard e Oakes Fegley dão um show.

Olha, sinceramente, vale pelo entretenimento, por ótimas atuações e por um história que é boa.

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