É para um domingo chuvoso: "A Ghost Story" (título original) e já completo: muito, muito bom! Com uma pegada mais experimental, o filme conta a história de um homem que acabou de morrer (Casey Affleck), mas retorna como fantasma para sua casa no subúrbio com a intenção de consolar sua esposa (Rooney Mara). Em sua nova forma espiritual, invisível para os mortais, ele percebe que não é afetado pelo tempo, sendo condenado a ser um mero espectador da vida que antes lhe pertencia, ao lado da mulher que amava. O fantasma inicia uma jornada pelas memórias e histórias, enfrentando perguntas eternas sobre a vida e a sua existência. Confira o trailer:
"Sombras da Vida" é muito bem construído, foge do óbvio e trabalha muito bem com as nossas sensações desde a primeira cena - até os planos longos demais (se prepare) do início, nos incomodam propositalmente. O filme foi a menina dos olhos dos críticos em 2017, custou cerca de $100.000 e faturou quase 20 vezes mais!
Muito bem dirigido pelo David Lowery - considerado um dos diretores mais promissores da sua geração! Com planos extremamente bem construídos, uma fotografia belíssima (rodado em uma janela 1.33) pelo diretor Andrew Droz Palermo, o filme é muito feliz ao nos remeter a uma espécie de sensação atemporal completamente alinhada ao roteiro do próprio Lowery. É fato que o filme não agradará todos - será preciso uma dose de sensibilidade e boa vontade para compreender a dinâmica do narrativa, mas uma história que fala tão bem sobre solidão e sobre nossas perdas, ganha uma força absurda através do silêncio e isso "Sombras da Vida" tem de sobra!
Daqueles filmes que se esperava ir além dos Festivais Independentes e aí que o sabor amargou um pouco, pois, embora cercado de muitos elogios, o filme foi muito bem com o publico, mas não alcançou uma indicação ao Oscar 2018 - mesmo sendo considerado um dos 10 melhores filmes daquela temporada no Festival de Boston!
É para um domingo chuvoso: "A Ghost Story" (título original) e já completo: muito, muito bom! Com uma pegada mais experimental, o filme conta a história de um homem que acabou de morrer (Casey Affleck), mas retorna como fantasma para sua casa no subúrbio com a intenção de consolar sua esposa (Rooney Mara). Em sua nova forma espiritual, invisível para os mortais, ele percebe que não é afetado pelo tempo, sendo condenado a ser um mero espectador da vida que antes lhe pertencia, ao lado da mulher que amava. O fantasma inicia uma jornada pelas memórias e histórias, enfrentando perguntas eternas sobre a vida e a sua existência. Confira o trailer:
"Sombras da Vida" é muito bem construído, foge do óbvio e trabalha muito bem com as nossas sensações desde a primeira cena - até os planos longos demais (se prepare) do início, nos incomodam propositalmente. O filme foi a menina dos olhos dos críticos em 2017, custou cerca de $100.000 e faturou quase 20 vezes mais!
Muito bem dirigido pelo David Lowery - considerado um dos diretores mais promissores da sua geração! Com planos extremamente bem construídos, uma fotografia belíssima (rodado em uma janela 1.33) pelo diretor Andrew Droz Palermo, o filme é muito feliz ao nos remeter a uma espécie de sensação atemporal completamente alinhada ao roteiro do próprio Lowery. É fato que o filme não agradará todos - será preciso uma dose de sensibilidade e boa vontade para compreender a dinâmica do narrativa, mas uma história que fala tão bem sobre solidão e sobre nossas perdas, ganha uma força absurda através do silêncio e isso "Sombras da Vida" tem de sobra!
Daqueles filmes que se esperava ir além dos Festivais Independentes e aí que o sabor amargou um pouco, pois, embora cercado de muitos elogios, o filme foi muito bem com o publico, mas não alcançou uma indicação ao Oscar 2018 - mesmo sendo considerado um dos 10 melhores filmes daquela temporada no Festival de Boston!
"Somos Todos Iguais" é um filme muito bonito! Daqueles com uma mensagem que mexe com a gente e que, mesmo na dor, nos faz olhar o mundo e a vida de uma forma diferente! Ele é baseado numa história real descrita no livro de Denver Moore, Ron Hall, Lynn Vincent, "Some Kind of Differente as Me", e que toca com muita sensibilidade e delicadeza em assuntos muito sensíveis como a fé, a importância da caridade e ensinamentos cristãos baseados no amor. Não se trata de um filme religioso, mas eu diria sim, que ele é muito espiritualista - principalmente por nos convidar a refletir sobre nossa missão perante os desafios que a vida vai nos impondo, que a sociedade nos apresenta e na maneira como reagimos às adversidades, mas sob o olhar de diferentes personagens e crenças.
Deborah Hall (Renee Zellweger) é uma mulher religiosa que é casada com Ron (Greg Kinnear), um negociante de arte reconhecido internacionalmente. O casamento entre eles não vai bem, até que Ron é obrigado a contar para Debbie sobre uma traição. Arrependido, Ron busca uma nova chance quando sua mulher apresenta para ele um trabalho voluntário em que atua para ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade. É nesse contexto que ela insiste para que o marido se aproxime de Denver (Djimon Hounsou), um violento mendigo que carrega com ele as marcas de um passado de sofrimento e exploração. Para salvar seu casamento, Ron tenta fazer amizade com Denver, mas os sonhos escondidos de Deborah podem leva-los em uma direção completamente diferente do que Ron imagina. Confira o trailer (em inglês):
"Somos Todos Iguais" não traz nenhum elemento técnico ou artístico que faça o filme se tornar inesquecível, por outro lado ele se apoia em uma história muito bem contada, com boas performances de todo elenco e uma direção muito segura do estreante Michael Carney. Talvez até, o mérito do filme seja justamente esse: não parecer aquilo que ele não teria condições de ser! O roteiro é simples, mas bem escrito. O prólogo e o epílogo são fracos, mas não prejudicam a jornada - e essa sim é muito bacana! Renée Zellweger, mesmo irreconhecível, é uma atriz muito talentosa e entrega verdade como Deborah. Greg Kinnear talvez não tenha o mesmo talento, mas sempre entrega bons personagens. Djimon Hounsou, esse decolou! Seu "Denver" é um ótimo trabalho!
É preciso que se diga que "Somos Todos Iguais" mesmo discutindo assuntos como racismo e desigualdade social não se propõe a levantar alguma bandeira ou se tornar impositivo em suas convicções. Ele é muito honesto em sua proposta, o que o transforma o filme em um ótimo entretenimento, com momentos emocionantes e que vão nos trazer reflexões importantes, mas sem aquela necessidade de uma narrativa pesada. Resumindo, esse filme é para você que gostou de "O Segredo - Ouse Sonhar" ou "Milagre Azul".
Vale o seu play!
"Somos Todos Iguais" é um filme muito bonito! Daqueles com uma mensagem que mexe com a gente e que, mesmo na dor, nos faz olhar o mundo e a vida de uma forma diferente! Ele é baseado numa história real descrita no livro de Denver Moore, Ron Hall, Lynn Vincent, "Some Kind of Differente as Me", e que toca com muita sensibilidade e delicadeza em assuntos muito sensíveis como a fé, a importância da caridade e ensinamentos cristãos baseados no amor. Não se trata de um filme religioso, mas eu diria sim, que ele é muito espiritualista - principalmente por nos convidar a refletir sobre nossa missão perante os desafios que a vida vai nos impondo, que a sociedade nos apresenta e na maneira como reagimos às adversidades, mas sob o olhar de diferentes personagens e crenças.
Deborah Hall (Renee Zellweger) é uma mulher religiosa que é casada com Ron (Greg Kinnear), um negociante de arte reconhecido internacionalmente. O casamento entre eles não vai bem, até que Ron é obrigado a contar para Debbie sobre uma traição. Arrependido, Ron busca uma nova chance quando sua mulher apresenta para ele um trabalho voluntário em que atua para ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade. É nesse contexto que ela insiste para que o marido se aproxime de Denver (Djimon Hounsou), um violento mendigo que carrega com ele as marcas de um passado de sofrimento e exploração. Para salvar seu casamento, Ron tenta fazer amizade com Denver, mas os sonhos escondidos de Deborah podem leva-los em uma direção completamente diferente do que Ron imagina. Confira o trailer (em inglês):
"Somos Todos Iguais" não traz nenhum elemento técnico ou artístico que faça o filme se tornar inesquecível, por outro lado ele se apoia em uma história muito bem contada, com boas performances de todo elenco e uma direção muito segura do estreante Michael Carney. Talvez até, o mérito do filme seja justamente esse: não parecer aquilo que ele não teria condições de ser! O roteiro é simples, mas bem escrito. O prólogo e o epílogo são fracos, mas não prejudicam a jornada - e essa sim é muito bacana! Renée Zellweger, mesmo irreconhecível, é uma atriz muito talentosa e entrega verdade como Deborah. Greg Kinnear talvez não tenha o mesmo talento, mas sempre entrega bons personagens. Djimon Hounsou, esse decolou! Seu "Denver" é um ótimo trabalho!
É preciso que se diga que "Somos Todos Iguais" mesmo discutindo assuntos como racismo e desigualdade social não se propõe a levantar alguma bandeira ou se tornar impositivo em suas convicções. Ele é muito honesto em sua proposta, o que o transforma o filme em um ótimo entretenimento, com momentos emocionantes e que vão nos trazer reflexões importantes, mas sem aquela necessidade de uma narrativa pesada. Resumindo, esse filme é para você que gostou de "O Segredo - Ouse Sonhar" ou "Milagre Azul".
Vale o seu play!